Mobilização gigante em Hong Kong após incêndio atingir complexo residencial
Um dos maiores esforços de resgate dos últimos anos mobilizou Hong Kong nesta quarta-feira (26/11), depois que um incêndio de grandes proporções atingiu um conjunto de arranha-céus na região de Tai Po. Apesar da tragédia, que deixou 36 mortos e ao menos 29 feridos, as equipes de emergência atuaram sem pausa para salvar moradores e conter o avanço das chamas.
Segundo o governo local, 279 pessoas ainda estavam desaparecidas, a maioria presa dentro dos prédios. O Corpo de Bombeiros afirmou que equipes continuavam avançando nos edifícios, mesmo sob temperaturas extremas e fumaça intensa.
A estrutura de bambu usada em obras — ainda comum em parte da cidade — é apontada preliminarmente como possível origem do fogo. O governo já havia sinalizado que começaria a restringir o uso desse tipo de material devido aos riscos. Ventos fortes ajudaram a espalhar as chamas por sete das oito torres do complexo.
O condomínio, conhecido como Wang Fuk Court, reúne oito prédios de 31 andares, com cerca de 2 mil apartamentos que abrigam aproximadamente 4,6 mil moradores. Um bombeiro está entre as vítimas fatais, segundo a BBC. Outros profissionais também ficaram feridos durante as tentativas de acesso às áreas mais críticas.
O alerta inicial do incêndio foi registrado às 3h51 (horário de Brasília), e mais de 700 bombeiros foram enviados imediatamente ao local. Horas depois, a classificação de risco foi elevada para nível 5 — o máximo na escala local — reforçando a gravidade da situação. Além disso, 400 policiais foram mobilizados para apoiar evacuação, isolamento da área e atendimento à comunidade.
Mesmo diante do cenário difícil, autoridades destacam que o trabalho integrado de bombeiros, equipes médicas e forças de segurança tem sido essencial para salvar vidas e acelerar o resgate dos moradores presos nos edifícios.