Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes foi criado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para reforçar a importância da conscientização e do controle da doença, que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes¹. Apesar de muitos associarem o tema apenas ao controle da glicose e à alimentação equilibrada, um aspecto essencial costuma passar despercebido: o cuidado com a pele.
O diabetes, caracterizado pela produção insuficiente ou má utilização da insulina, leva ao aumento dos níveis de glicose no sangue e pode causar sintomas como fraqueza, perda de peso, fome e sede excessivas. Entre os cuidados diários recomendados, como manter uma alimentação balanceada e monitorar a glicemia, é fundamental também adotar uma rotina específica de hidratação e proteção da pele, já que o corpo de quem vive com diabetes apresenta características e necessidades diferentes.
O dermatologista Dr. Raul Cartagena Rossi², membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e consultor da TheraSkin®, explica que “pessoas com diabetes têm maior predisposição ao ressecamento cutâneo e infecções, por isso é essencial manter a pele sempre hidratada e protegida, prevenindo rachaduras, coceiras e até feridas que podem evoluir para infecções mais graves”.
A seguir, o especialista esclarece mitos e verdades sobre o cuidado com a pele de quem tem diabetes:
Pessoas com diabetes tem a pele mais seca: Verdade
O excesso de glicose altera o sistema nervoso autônomo responsável pela produção de suor e sebo, comprometendo a hidratação natural da pele. Por isso, a hidratação diária é fundamental para prevenir ressecamentos.
Sabonetes antibacterianos são a melhor alternativa: Mito
Esse tipo de sabonete pode ressecar e irritar a pele por ter componentes abrasivos. São preferíveis os sabonetes com agentes suaves que limpam sem remover a camada protetora natural.
A pele com diabetes tem mais dificuldade de cicatrização: Verdade
A diabetes causa alterações na circulação do sangue, deixando a cicatrização mais lenta, mesmo em ferimentos leves. Portanto, é fundamental estar atento à hidratação de áreas mais secas como os pés e cotovelos, e procurar um dermatologista em caso de feridas que não melhorem em poucos dias.
Só é necessário hidratar quando a pele já está ressecada: Mito
A hidratação deve ser um hábito diário de prevenção, mesmo quando a pele parecer saudável. Quando a pele já está ressecada, a recuperação da barreira cutânea é mais difícil. Aplicar cremes e loções todos os dias devolve a água da pele perdida por conta da diabetes, evitando fissuras e possíveis infecções.
Por fim, o Dr. Raul indica que, além da hidratação tópica, manter hábitos saudáveis faz toda a diferença para a saúde da pele. “Beber bastante água, manter uma alimentação equilibrada e fazer acompanhamento regular com o dermatologista são atitudes simples que ajudam a preservar a integridade da pele e prevenir complicações”, detalha.