O dia foi de terremoto na política maranhense. O deputado Rubens Júnior (PT) chorou na tribuna, anunciou a saída do pai (Rubão) do governo e falou em gravações clandestinas. Em resposta, Marcus Brandão (irmão do governador Carlos Brandão) soltou nota dura, acusando o PCdoB de chantagens e pressões. E Márcio Jerry, do outro lado, reagiu entregando a Secretaria de Cidades.
Sim, tudo isso num intervalo de poucas horas.
O que era guerra de bastidor virou espetáculo público. A aliança que governava o Maranhão em bloco desde os tempos de Flávio Dino agora se desmancha em tempo real — e com direito a áudio, lágrima e troca de acusações.
Nos bastidores, até poucos dias atrás, ainda havia quem apostasse que uma conversa do presidente Lula poderia selar a paz entre brandonistas e dinistas. Mas, sinceramente, eu nunca acreditei nisso. E agora, diante dos últimos acontecimentos, é que eu não acredito mesmo.
A política maranhense hoje está como cristal quebrado. Não cola jamais — como naquela música.
O que se vê é um grupo que não confia mais em si mesmo. O PT tenta se descolar da crise, o PCdoB busca sair por cima, e o entorno do governador Carlos Brandão reage com indignação e denúncias de sabotagem. A aliança que parecia sólida virou um campo minado, onde cada passo pode ser o último.
O Maranhão está assistindo, ao vivo, à implosão da aliança política que comandou o Estado nos últimos anos.
A pergunta que fica é simples — e inevitável: quem será que vai ganhar essa queda de braço?
Façam suas apostas.