O motorista da caminhonete vermelha envolvida na morte do policial penal Dyego Antônio Mendes Ferraz, de 40 anos, se apresentou espontaneamente à Polícia Civil do Maranhão nesta terça-feira (14), em São Luís. Ele estava sendo investigado pelo incidente ocorrido no último sábado (11), no bairro da Forquilha.

Segundo informações da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o condutor compareceu acompanhado de advogado e prestou depoimento. Após ser ouvido, foi liberado, pois não havia mandado de prisão em aberto. A Polícia Civil segue investigando para esclarecer se houve dolo — intenção de matar — ou culpa — imprudência na condução do veículo.

O caso teve ampla repercussão após imagens de câmeras de segurança mostrarem a dinâmica do acidente. As imagens registraram o momento em que o veículo conduzido por Dyego colidiu com a Fiat Strada vermelha. Ambos os motoristas pararam no acostamento e conversaram rapidamente.

Em seguida, o condutor da caminhonete tentou deixar o local. Dyego se posicionou à frente do veículo, aparentemente para impedir a fuga. O motorista acelerou bruscamente, quase atingindo um motociclista que passava, e Dyego segurou-se na porta do carro, sendo arrastado por aproximadamente 100 metros. Ele sofreu traumatismo craniano grave e morreu ainda no local.

Dyego Antônio Mendes Ferraz era diretor-geral da Unidade Prisional de Coroatá e servidor da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) desde 2017. Ele deixa esposa e três filhos. O velório ocorreu no domingo (12), na Central de Velórios Pax Calhau, em São Luís.

A investigação agora se concentra em esclarecer a conduta do motorista e definir responsabilidades. A SHPP continuará acompanhando o caso e analisando as circunstâncias que levaram à morte do policial penal.