Construir uma rede de franquias é muito mais do que expandir um negócio. É abrir mão do controle total para confiar em outras pessoas, em outras cidades, com outras realidades e, ainda assim, garantir que o propósito original continue vivo em cada unidade.
A decisão de transformar um negócio em uma franquia nasce de uma mistura rara de visão e resiliência. Visão, porque é preciso enxergar que um modelo testado localmente pode funcionar em escala. E resiliência, porque o caminho é repleto de obstáculos: padronizar processos, treinar equipes, manter qualidade, sustentar a marca e, principalmente, construir uma cultura que sobreviva à distância.
Muitos empreendedores acreditam que o desafio está em vender franquias. Mas, na verdade, o desafio está em formar franqueados que pensem como donos, comprometidos com a missão e os valores da marca. Franquia é um modelo que multiplica o propósito de um negócio, e isso exige método, disciplina e um senso genuíno de parceria.
Com o tempo, percebi que o verdadeiro papel do fundador de uma rede é ser guardião da cultura. Processos mudam, tecnologia evolui, mas os princípios que sustentam a marca precisam permanecer. A constância é o que dá perenidade às redes que duram.
Foi com essa convicção que, há 35 anos, nasceu a OdontoCompany, de um consultório que sonhava em levar saúde bucal de qualidade para o maior número possível de pessoas.
Hoje, olhar para essa trajetória me faz acreditar ainda mais que o franchising é, antes de tudo, um movimento de confiança: entre quem sonha e quem decide empreender junto.
Porque no fim, criar uma rede é multiplicar um propósito e não apenas um negócio.