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Brasil

Ministro da Justiça: Interferência na Polícia Federal ’seria impensável’

André Mendonça afirma que independência e autonomia da corporação não significam “soberania de atuação”

Mendonça disse cobrar efetividade da Polícia Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou nesta sexta-feira (3) que a independência e autonomia da PF (Polícia Federal) não representam “soberania de atuação”.

“A independência e autonomia que a Polícia Federal têm não significa uma soberania de atuação. Eu, como Ministro da Justiça, demando uma atuação efetiva da PF”, disse Mendonça em live promovida pelo BTG Pactual.

Ele também classifica como “impensável” qualquer tentativa de interferência na corporação. “Nós temos total tranquilidade de que a Polícia Federal é um organismo que tem uma vida própria e que seria impensável uma interferência na sua atuação investigativa, o que não significa que, em de gestão pública, nós não podemos dar o delineamento macro dessa atuação, até mesmo para dar os instrumentos adequados para que ela possa agir”, afirmou.

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Nome escolhido para substituir Sérgio Moro, Mendonça disse que demanda por uma atuação efetiva da Polícia Federal. “Eu cobro resultado para saber se estão fazendo operações, quais as dificuldades que estão tendo para tentar ajudar a solucionar e isso é natural”. De acordo com o ministro, “seria irresponsável” que o presidente da República e o ministro da Justiça não fizessem esse tipo de cobrança.

Ele destacou que durante dois meses de gestão à frente do Ministério da Justiça “viabilizou uma restruturação” de elevação dos cargos comissionados da Polícia Federal, o que era pleiteado, segundo ele, há cerca de 20 anos. “Tínhamos centenas de agentes e delegados exercendo funções de liderança sem o correspondente reconhecimento”, revelou.

Em troca das ações de “apoio incondicional” à corporação, Mendonça disse cobrar para que os agentes “persigam o crime de modo imparcial, isento e sem perseguição a grupo A ou grupo B”.

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