Não é de hoje que os procedimentos estéticos vêm ganhando espaço entre jovens e adultos, impulsionados pela busca por maior harmonia corporal, melhora do formato, da simetria e da funcionalidade muscular em diferentes regiões do corpo. De acordo com o relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgado em junho de 2024, foram realizados mais de 2 milhões de procedimentos cirúrgicos no Brasil ao longo do ano. O documento, apresentado durante o Congresso Mundial da Olimpíada da ISAPS, revelou ainda que, em todo o mundo, ocorreram mais de 17,4 milhões de procedimentos cirúrgicos e 20,5 milhões de procedimentos não cirúrgicos no mesmo período.

Entre os procedimentos estéticos não cirúrgicos, o relatório apontou a toxina botulínica como o mais realizado (45,7% – 351.488 aplicações), seguida pelo ácido hialurônico (22,9% – 176.069 aplicações) e por técnicas de rejuvenescimento facial com efeito lifting (7,9% – 60.422 intervenções), entre outros. A região dos glúteos também se destaca entre as áreas mais procuradas pelos brasileiros, especialmente com a proximidade do verão, quando cresce a procura por tratamentos voltados à melhora do contorno e da proporção corporal.

A harmonização glútea tem se consolidado como um dos procedimentos estéticos mais procurados em clínicas dermatológicas e de medicina estética. Muito além da questão visual, a técnica oferece benefícios funcionais importantes, contribuindo para a saúde muscular e o bem-estar físico e mental dos pacientes.

“Esse procedimento é indicado tanto para pessoas jovens quanto pacientes mais maduros, sejam homens ou mulheres, que desejem melhorar a harmonia da região glútea — seja relacionada ao aumento de volume, à melhora do formato ou à qualidade da pele e da flacidez local. Também serve para corrigir assimetrias e preencher depressões, como a depressão trocantérica, que muitas vezes incomoda principalmente as mulheres”, explica o Dr. Flégon Dadid, dermatologista, especialista em estética facial e corporal.

O médico destaca que, em pacientes mais velhos, o tratamento ainda traz um benefício adicional: melhora da função muscular. “Para pacientes mais maduros, há o benefício de aumentar o volume muscular como um todo e, consequentemente, melhorar a funcionalidade desse grupo muscular, ultrapassando os limites da estética e favorecendo também a mobilidade e o desempenho físico”, afirma.

Os resultados da harmonização glútea são visíveis logo após a aplicação, especialmente no que diz respeito ao volume e formato da região. A firmeza e a melhora da textura da pele, no entanto, se tornam mais perceptíveis a partir do primeiro mês, já que dependem da produção natural de colágeno.

“Quando associamos a técnica à bioestimulação de colágeno — injetando substâncias com ação bioestimuladora nas camadas mais superficiais da pele e subcutânea —, os resultados se tornam ainda mais evidentes e duradouros”, acrescenta o Dr. Flégon.

Existem diferentes técnicas e produtos utilizados no procedimento. Entre os principais, estão o PMMA (preenchedor permanente aplicado dentro do músculo) e o ácido hialurônico (preenchedor temporário e absorvível, aplicado na camada entre a pele e o músculo). A escolha depende do perfil do paciente e dos resultados desejados.

“Em pacientes mais velhos, temos uma preferência pelo PMMA, por ser aplicado de forma intramuscular, o que permite tratar a flacidez, aumentar o volume e melhorar a funcionalidade muscular”, explica o dermatologista.

Além de remodelar o contorno corporal, a harmonização glútea contribui para o bem-estar geral. “A definição de saúde envolve não apenas o bem-estar físico, mas também o mental. A melhora estética proporcionada pela harmonização glútea contribui para a manutenção da autoestima e do equilíbrio emocional, além de promover uma melhor proporção para a região inferior do corpo”, conclui o Dr. Flégon.

Harmonização de Glúteo BH: O que é? - Dr. Vinícius Andrade