No tabuleiro da política, nada é permanente. O Maranhão oferece um exemplo claro disso. Durante seu governo, Flávio Dino era tratado como um líder incontestável: aliado de prefeitos, ex-prefeitos e políticos locais, ele comandava com prestígio e influência.
Com a ascensão de Carlos Brandão ao cargo de governador, o cenário mudou. O que antes era deferência tornou-se desentendimento. Muitos aliados que o endeusavam passaram a criticá-lo, enquanto Brandão assumiu o centro do poder estadual e passou a receber atenção e reverência semelhantes.
Flávio Dino no STF e a nova realidade política
Hoje, Flávio Dino mantém sua influência, mas de forma transformada. Como ministro do Supremo Tribunal Federal, ele ocupa uma posição estratégica, ainda relevante para o Maranhão, mas sem o controle direto da administração estadual. Esse cenário reforça uma regra da política: o poder é móvel, e a lealdade dos aliados é muitas vezes circunstancial, guiada pela conveniência e pelos interesses individuais.
Fidelidade, conveniência e aliados do poder
O episódio maranhense mostra que deuses viram demônios, e demônios viram deuses, dependendo do cargo, do contexto e da posição de cada ator político. Para quem ocupa o poder, é essencial diferenciar aliados de fato daqueles que apenas acompanham a ascensão. Amigos verdadeiros são raros; a maioria segue a onda do momento.
O que aconteceu com Dino pode acontecer com Brandão. Hoje adorado, amanhã alvo de críticas. E esse jogo de aparências e conveniências é a essência da política estadual — e nacional.
A lição do poder efêmero
No fim das contas, o Maranhão apenas ilustra uma regra universal da política: o poder é efêmero, e a lealdade é rara. Quem ocupa o trono político precisa estar sempre atento, porque no jogo político, a mudança é a única certeza.