A coordenadora do Coletivo Dan Eji, Iyãlorixá Jô Brandão, abordou, em entrevista nesta terça-feira (21), em transmissão ao vivo e simultânea pela Rádio e TV Assembleia, a passagem do Dia Mundial de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro).
Na conversa com o radialista Henrique Pereira, ela falou sobre intolerância religiosa e racismo; e explicou que o Coletivo Dan Eji é uma organização cultural e artística focada em promover a diversidade e inclusão por meio da dança, arte e educação, com projetos que celebram a identidade afro-brasileira, LGBTQI+ e outras minorias.
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“A gente sempre sofreu essa violência secular, a partir do processo da colonização e escravização do continente africano. Isso trouxe sequelas que até hoje nos dias atuais a gente discute e enfrenta. É importante fazer esse diferencial entre intolerância e racismo, pois isso também é fruto do debate político quando estabelecemos meios de defender a cultura africana e no ordenamento jurídico, a partir da perspectiva do direito”, assegurou.
Jô Brandão destacou também a transformação em feriado o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) – a data homenageia o nascimento de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que lutou contra a escravidão e, por fim, condenou o mito da democracia racial e a intolerância religiosa.
“Sempre é bom debater o mito da democracia racial, que ainda é um fantasma que nos rodeia o tempo todo. Há os que dizem que não existe racismo no Brasil, há os que acham que nós estamos inventando classes sociais separatistas. Há os que acham que somos apenas rezados, religiosos. O racismo existe comparado cientificamente e precisa ser discutido de forma responsável”, disse.
Em transmissão simultânea e ao vivo, o ‘Diário da Manhã’ pode ser acompanhado de segunda a sexta-feira, das 9h às 9h30, pela Rádio Assembleia (96.9 FM) e pela TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309), além do canal do Youtube.