Guilherme Boulos, o novo ministro da Secretaria-Geral, declarou que pretende “colocar o governo na rua” para se aproximar das demandas populares, confirmando em redes sociais que sua missão é ampliar a proximidade entre a gestão de Lula e a sociedade civil em todos os estados. Boulos assume a pasta no lugar de Márcio Macêdo, com a função principal de articular e dialogar com movimentos sociais e outras entidades.
- Guilherme Boulos iniciou sua trajetória no ativismo social, dedicando-se por décadas à luta por moradia digna e reforma urbana no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
- É casado com Natália Szermeta, que conheceu em uma ocupação do movimento, e com ela teve duas filhas: Sofia e Laura.
- Filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Boulos ganhou notoriedade nacional como candidato à Presidência da República em 2018.
- Concorreu à prefeitura de São Paulo em 2020 e, em 2024, participou novamente da disputa, tendo a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como sua vice. No segundo turno da eleição de 2024, Boulos foi derrotado por Ricardo Nunes.
- Foi eleito deputado federal em 2022 com mais de 1 milhão de votos, sendo o candidato mais votado em São Paulo e o segundo mais votado do país.
- Em outubro de 2025, Boulos foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, uma nomeação que o fez renunciar ao mandato de deputado federal.
- A nomeação para o cargo de ministro é vista como um passo importante para a aproximação entre o PSOL e o governo, e Boulos anunciou que deixaria de ser candidato em 2026 para assumir a nova função.
Biografia
Boulos tem 43 anos e uma trajetória política voltada ao ativismo urbano. No novo cargo, terá como desafios a articulação política entre o Palácio do Planalto, os movimentos sociais e a sociedade civil.
O novo ministro nasceu em São Paulo, mais precisamente na região de Pinheiros, no dia 19 de junho de 1982. É o filho caçula dos médicos infectologistas e professores universitários Maria Ivete e Marcos Guilherme Boulos.
Seus primeiros anos de estudo foram em escolas particulares quando, no ensino médio, pediu aos pais que o transferissem para uma escola pública.
O interesse pela política acabou levando-o a ingressar no movimento estudantil, aos 15 anos.
Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, criou um grêmio estudantil, participou de protestos contra a direção e fez trabalhos de alfabetização de jovens e adultos em comunidades da capital.
Ingressou no curso de filosofia da USP em 2000. Especializou-se em psicologia clínica pela PUC e se tornou mestre em psiquiatria pela USP. Na vida profissional, foi também professor da rede pública e escritor, tendo publicado os livros “Por que ocupamos?”; “De que lado você está?“; e “Sem Medo do Futuro“.