A educação digital e midiática inclui competências e aprendizagens previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) relacionadas ao uso de tecnologias, à comunicação, à análise crítica de informações e mídias, à cultura digital, ao mundo digital e ao pensamento
computacional, temas que devem ser contemplados no currículo das escolas.
Essa abordagem fortalece o senso crítico dos estudantes, ajudando-os a consumir informações de forma consciente e a interpretar melhor os conteúdos disponíveis nas mídias digitais. Com isso, os alunos desenvolvem a capacidade de buscar, filtrar e selecionar
informações de qualidade; analisar conteúdos que circulam em aplicativos e redes sociais; produzir material digital com responsabilidade; e participar, de forma cidadã e colaborativa, de comunidades e ambientes virtuais.
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Segundo o professor e autor da coleção de Sociologia da
Rede
Pitágoras, Luiz Cláudio de Araujo Pinho, a educação digital e midiática pode ter uma abordagem interdisciplinar na escola, considerando alguns elementos: um tema relevante; uma mídia ou linguagem;
uma habilidade ou ação a ser desenvolvida; e um objetivo claro para a atividade.
“Por exemplo, professores de Matemática e Língua Portuguesa podem analisar publicações no Instagram
ou no Facebook que divulguem dados econômicos, como juros ou inflação, e ensinar os alunos a comparar fatos com base em fontes confiáveis ou identificar conteúdos criados para gerar confusão e desinformação. Já em História e Geografia, é possível
propor pesquisas sobre notícias relacionadas a questões ambientais, debatendo a importância de considerar diferentes perspectivas”, explica Luiz Cláudio.
Dessa maneira, o especialista lista cinco maneiras de inserir a educação midiática na formação dos alunos. Confira:
Leia e compare notícias, mensagens e publicações da internet com a turma;
Pesquise sobre a origem das fontes e informações que circulam nas mídias;
Utilize filmes e documentários que problematizam a presença da mídia no cotidiano;
Faça produções audiovisuais para apresentar trabalhos e projetos escolares;
Participe de campanhas e ações sociais digitais.
Educação Digital e Midiática nos currículos da Educação Básica
A educação digital e midiática foi recentemente instituída como elemento curricular obrigatório a partir das Diretrizes Operacionais Nacionais sobre o uso de dispositivos digitais nos espaços escolares e sobre a integração curricular da educação digital e midiática
(Resolução CNE/CEB nº 2, de 21 de março de 2025).
Para Marcilene Gonçalves de Souza, assessora pedagógica da
Rede
Pitágoras, “é fundamental que as lideranças compreendam que os currículos da Educação Básica devem oferecer conhecimentos, aprendizagens e competências capazes de preparar os estudantes para acompanhar
as complexidades do mundo globalizado e digital, atuando com autonomia crítica, práticas éticas, sustentáveis e igualitárias no uso de tecnologias voltadas à solução de problemas sociais brasileiros”.
Esse é um tema que será abordado durante o Summit Pitágoras, evento de formação para as lideranças das escolas parceiras da Rede Pitágoras, visando orientar lideranças educacionais de escolas parceiras sobre a importância de garantir os direitos de aprendizagem
relacionados à Educação Digital e Midiática, em conformidade com documentos e políticas governamentais, como na Resolução CNE/CEB nº 2, de 21 de março de 2025, que estabelece diretrizes nacionais para o uso de dispositivos digitais nos espaços escolares e
a integração curricular da educação digital e midiática.
