×

Publicidade

São Luís

Blocos e escolas agitam segunda noite de desfiles na Passarela do Samba Chico Coimbra

 

O público compareceu em massa na segunda noite de desfiles na Passarela do Samba Chico Coimbra, no Anel Viário, no sábado (8). A programação, organizada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), começou com as apresentações de grupos de tambor de crioula, na área externa do sambódromo.

Na avenida, a festa foi aberta pela Turma de Samba Ritmistas da Madre Deus, seguida dos blocos tradicionais do Grupo B. Logo depois, entraram as escolas de samba. Neste domingo (9), tem mais festa, com os desfiles dos blocos tradicionais do Grupo A, a partir das 18h. Os ingressos gratuitos podem ser retirados na bilheteria da passarela a partir das 16h.

Continua após a Publicidade

O secretário-adjunto de Cultura de São Luis, Henrique Almeida, marcou presença e destacou o sucesso do evento e a questão da logística. “Nós nos preparamos com muito carinho e com muita responsabilidade, seguindo as orientações do prefeito Eduardo Braide, priorizando, principalmente, a questão da segurança”, frisou Henrique Almeida.

Blocos tradicionais

O público aplaudiu os blocos tradicionais Os Diferenciados, Campanha do Ritmo, Os Magnatas, Reis da Liberdade, Os Gladiadores, Vinagreira Show e Show Feras. As agremiações, que abordaram diversos temas, tiveram cerca de 20 minutos para evoluir na avenida, tocando seus tambores contratempo, retintas, ganzás, cabaças, reco-recos, agogôs, banjos e cavaquinhos.

Originário de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, Os Diferenciados entrou com fantasias nas cores vermelho e amarelo. Show Feras, último a desfilar, apresentou o tema “Do verso ao reverso, ressurge o outro lado da vida”, levando uma reflexão sobre a arte de criar novas possibilidades. Ao todo, 25 jurados analisaram os quesitos bateria, letra, melodia, fantasias, evolução e conjunto.

Escolas de samba

O desfile das escolas de samba teve início por volta das 22h. A primeira foi Túnel do Sacavém, que apresentou o enredo “Um paraíso de águas, de povo de fé… E do Carnaval, chamado Sacavém”, dos compositores Allyson Ribeiro, Gilvan Mocidade e Renato Guimarães. O samba celebrou as raízes do bairro e o tambor de mina, tambor de crioula e o reggae.

O desfile contou com a presença de simpatizantes da comunidade. A recepcionista Gercilene Moura disse que não pôde desfilar este ano por conta de uma contusão na perna, mas não resistiu e seguiu para o Anel Viário assim mesmo para assistir ao desfile da agremiação do peito. “Eu sou piolho de samba. Adoro Carnaval e de desfilar em alas, mas não deu este ano. Mas vim assim mesmo, porque tudo é festa”, disse.

Na sequência, entrou a escola Terrestre do Samba, que abordou o tema “Das matas do Itariri à passarela da ilusão, tua arte carmelita hoje é festa e emoção”, uma composição de autoria de Júlia Silva, Boby Sam, Diego Silva e Tunai Moura. A agremiação, sétima colocada no desfile do ano passado, levou à passarela uma homenagem a uma de suas fundadoras, Carmelita, mulher guerreira e de coragem que cresceu entre as matas do Itariri. Foram 15 alas e três carros alegóricos. O desfile também fez referência a movimentos sociais e à luta de mulheres negras.

Em meio a fauna e flora, Carmelita criou seus filhos, sendo uma grande entusiasta pela preservação da natureza. O enredo também citou a chegada da homenageada na comunidade de Estiva e o surgimento da escola Terrestre do Samba, bem como sua luta pela manutenção dos recursos naturais em meio ao processo de industrialização da localidade.

A Flor do Samba foi a terceira escola a passar pela Passarela do Samba Chico Coimbra, apresentando o samba-enredo “Firma o Ponto e Viva Angola que Folha Seca Chegou”, dos compositores Guga Martins e Ailson Picanço, uma homenagem ao Caboclo Folha Seca, abordando a jornada do espírito. A escola empolgou o público. A comissão de frente caprichou este ano, entregando muita criatividade e coreografias bastante ensaiadas.

Desde a concentração, era visível o nervosismo de alguns integrantes, tudo devido à ansiedade de agradar aos jurados. “Tem que dar Flor e vamos conseguir”, disse Carolina Viégas, enquanto fazia alguns retoques na fantasia. “Que festa linda e acho que o poder público deveria sempre realizar este evento, pois as pessoas querem ver a criatividade das escolas, pois o Carnaval de passarela resiste e tende a melhorar cada vez mais com este incentivo”, disse Ivana Oliveira, que desfilou na Flor do Samba.

A noite foi encerrada com o desfile da Marambaia do Samba, por volta das três e meia da manhã de domingo, que prestou uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Os puxadores foram Benivaldo, Bulico, Jotha Júnior e Marcos. A imagem de cerca de quatro metros de Nossa Senhora Aparecida foi destaque no primeiro carro alegórico.

A Marambaia chegou a anunciar a presença do intérprete carioca Wander Pires, atualmente na Viradouro, mas devido à mudança de data do desfile, ele não pôde viajar. A rainha de bateria, Rayna Madeira, deu um show de simpatia.

Ver comentários